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sábado, 27 de fevereiro de 2010

Sobre a sabedoria...



Tenho 20 anos. Tudo o que eu sei sobre a sabedoria aprendi com meus pais e com Rubem Alves. (Sim, vocês vão ouvir muito falar dele.) E nesse tempo todo descobri coisas muito simples e maravilhosas. Sabedoria é degustação. Isso é coisa do Rubem, não minha. Mas concordo plenamente.

Quem apenas lê os jornais, não é sábio. Jornais trazem fragmentos de realidade e a opinião de quem os  escreve (ou a de quem manda escrever), não possibilitando de forma clara o exercício da reflexão. Ele te enche de informações, mas isso não é conhecimento, quiçá sabedoria!

Sabedoria é ver com olhos de criança. Isso também é coisa do Rubem. Mas veja só, não era de se espantar. Elas reconhecem o mundo primeiramente com a boca. Depois vão crescendo e se esquecendo de quão sábio é degustar o mundo. Aos pouquinhos, lentamente, sentindo cada ingrediente que o compõe.
É por isso que acho que não se encontra sabedoria em jornais. É tudo picado e pra ser comido rápido! Engolido! Não! Não sinta nada! Só engula! A mensagem dos jornais...

É muito mais fácil encontrar sabedoria em livros. Eles sim, te levam à brincadeira de pensar. Brincadeira perigosa, segundo Clarice Lispector. Primeiro, é preciso arrumar uma forma de se sentir confortável para se ler o livro. Depois é preciso ter paciência para encarar o início, que na maioria das vezes não é lá tão empolgante. E aos poucos, ao longo do trajeto que vai de página a página, como quem se alimenta de um prato de sopa quente, aquilo que está sendo lido vai se acomodando em você. Vai sendo digerido...

E mais bonito ainda talvez seja a sabedoria das experiências vividas. Essas que a gente sente na pele, que deixam marcas, que não nos esquecemos jamais. Quem convive com crianças deve ter isso potencializado, pois de tempos em tempos elas nos deixam de cabeça pra baixo, seja pela forma como vêm o mundo, seja pelas perguntas "descabidas" ou embaraçosas... E é incrível a capacidade que elas têm de nos tirar do supérfluo e nos obrigam a pensar. E por acaso é fácil responder porque que as galinhas têm penas? Ou porque a gente tem que crescer?

Um encantado me perguntou um dia: "Por que você não ficou pequenininha?" Suspirei. Aquela criança de poucos anos mal sabia a que aquela indagação me levou. Descobri que não queria, mas a gente não escolhe, assim como não escolhemos um montão de coisas. E comecei a pensar o porquê de não querer e o por quê de querer também! Tudo numa simples pergunta infantil. Tão genuína quanto se pode esperar de uma criança e apenas dela.

Mas o que fica de mais importante é a necessidade de compreender que o tempo é precioso, o mundo também o é, e não vale a pena passar por tudo isso que costumamos chamar de vida sem a sapiência da degustação. Não vamos engolir o mundo, engolir as pessoas, engolir os problemas, engolir a felicidade. Vamos degustar de tudo! Vamos conhecer a culinária de todos os países! Ela tem muito a dizer sobre um povo. Vamos passear pelo mundo como se ele fosse uma cozinha farta e bem cheirosa. Quem sabe assim, nós paremos de viver sob a ditadura da parceria entre relógio e calendário e passemos a olhar para o cotidiano com mais amor e com mais apetite.

domingo, 7 de fevereiro de 2010

... O samba! ...




O samba nunca foi lá uma paixão. Sei lá... Talvez o gosto musical, assim como muitos outros, tem um tempo, é preciso ter certa maturidade. Mas não é de se espantar que eu tenha apreciado o samba de raiz em algum momento da minha vida. É incrível como eu tenho uma "quedona" por coisas antigas! É móvel, pintura, arquitetura, música... É uma saudade desesperadora do que eu não vi, que é quase inacreditável!

Também não é desprezo pelo que é moderno. Apenas me assusto às vezes com a velocidade da vida moderna! Não é o meu ritmo, infelizmente. Vocês podem imaginar quão complicado é, em certos momentos, ter gostos como o meu. É por isso que o samba a la Demônios da Garoa me pegou de um jeito desprevenido e fatal!

Ah, o samba... É um ritmo gostoso que vai te envolvendo aos pouquinhos. Comigo aconteceu assim: fui como quem nada quer, me arriscando a estar na presença dele. E fui envolvida numa alegria sem nexo! Uma sensação de euforia que não deixava que meus pés ficassem quietos. Mesmo que você não saiba dançar, o som ritmado do cavaco com a percussão te abraça e nesse momento não se pensa, só se sente. Na verdade, a única coisa que se pode pensar é: "o que é que está acontecendo? O que é isso?"

E alcançamos a sublime compreensão de que não importa! É só se deixar levar pelas canções...

"De tanto levar flechada do seu olhar... Meu peito até parece sabe o quê? ..."

...

"Se você jurar que me tem amor, eu posso me regenerar..."

...

"Defumei o corredor, perfumei elevador pra tirar de vez o mau olhado... Seja do jeito que for, eu jro meu amor, se quiser voltar, tá perdoado..."

...

"Não posso ficar nem mais um minuto com você, sinto muito amor, mas não pode ser..."


E por aí vai...

Viva o samba, minha gente! Sem preconceitos, sem tristeza, sem amargura!

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Sol de Cuiabá

Brilho do sol no Parque Mãe Bonifácia - Cuiabá


Há um certo tempo atrás, um amigo me disse, enquanto caminhávamos no Parque Mãe Bonifácia (um lugar maravilhoso aqui em Cuiabá), que o sol daqui em Janeiro e Fevereiro, é o mais lindo que ele já viu. Pronto, isso já foi o bastante para me fazer pensar e pensar e pensar...

Cuiabá é um lugar cuja população é composta por muita gente que não é natural daqui. Tem uma galera enorme do sul do país, do restante do centro-oeste e de todas as outras regiões do Brasil. Pudera, sendo esta uma terra desbravada tardiamente e com a quantidade de ouro e terra férteis encontradas por aqui, era natural que imaginássemos que uma boa quantidade de pessoas enxergariam nesta terra de árvores torcidas uma oportunidade formidável de ganhar a vida.
E hoje, depois de tantos anos de história, vemos os frutos desse encontro regional: uma cidade com uma tradição muito bacana e rica e uma concentração populacional bastante heterogênea. 
Essa gente toda é acolhida por um povo caloroso e por um clima mais caloroso ainda. E é deste último que todo mundo reclama! 
Cuiabá é uma cidade acolhedora. Seu centro histórico, apesar de mal cuidado, nos leva a uma viagem no tempo e, ao passar pelo beco do Candeeiro, com um pouco de imaginação, podemos visualizar o polêmico assassinato que ocorreu há tantos anos. O casarão onde hoje se encontra o MISC, museu de Imagem e Som de Cuiabá, nos remete ao cotidiano de uma casa onde até hoje se encontra o velho poço. E a biblioteca municipal é tão linda que dá vontade de ficar por lá só para se deliciar com o local. 

Mas nossa cidade é mais conhecida pelo calor sem medida que perpassa o nosso cotidiano. Minha gente, aqui é quente mesmo! Mas nem só de calor vivem os dias dessa capital. O sol também nos traz seu brilho, e era desse brilho que meu amigo falava. Amarelado, se infiltrando no interior das árvores, batendo nas janelas pedindo passagem, trazendo vida ao início do dia.
Uma amiga muito querida chega a dizer que faz fotossíntese! Da primeira vez que a vi parada frente ao sol, de olhos fechados, com um sorriso pacífico nos lábios, achei esquisito. Ela nem é verde pra fazer fotossíntese! Mas compreendi que a troca de energia que havia ali a regenerava. 

Esses dois amigos de quem falo são ambos cuiabanos de nascença. Eles aprenderam desde pequenos a se adaptarem a este sol maravilhoso, mas, mais que isso, aprenderam a ver a beleza que tem este sol, cujo brilho faz de Cuiabá uma cidade abençoada. E eu, cuiabana de coração, aprendi a amar essa cidade. Devo sair dela por algum tempo. Mas quero voltar, pois o sol de Cuiabá, ainda que as vezes fique tão ardido, compensa por sua beleza natural. Pois o sol que brilha aqui, irradia todo lugar. Mas em Cuiabá ele é livre para ser quem ele é, e ele é muito quente! Por essa liberdade é que ele nos recompensa brilhando com toda a força, sendo o mais belo que consegue ser!

  

2010: a nova chance



No início deste ano, bem em sua virada, tive uma sensação muito boa de que tudo daria certo em 2010. Um pressentimento de que a era da renovação havia chegado, uma época em que as preocupações seriam banais e saberíamos dar mais valor à vida, ao amor, às pessoas.

E eis que bem no dia 1º de janeiro, um desabamento no Rio de Janeiro mata mais de 50 pessoas. Minhas esperanças foram apedrejadas logo no início do ano. Mas me segurei. Ainda assim continuei acreditando na prosperidade de 2010.

Porém, mais uns poucos dias depois da tragédia da virada, o Haiti é atingido por um terremoto de proporções inacreditáveis. Esse sim, abalou minhas estruturas... Como eu iria continuar acreditando que esse ano era abençoado, se logo nos primeiros dias do ano ele foi arrasado por tragédias naturais? E a quem nós iríamos culpar dessa vez? A Deus? Ora, me poupe...

Mas agora, semanas depois, parando para pensar mais uma vez, talvez eu consiga me recompor e dar novo fôlego à minha esperança. É que, refletindo um bocadinho, me lembrei que uma vez minha mãe leu para mim um texto que dizia que nós não sabemos entender as coisas que acontecem conosco.
Pedimos em prece um pouco mais de paciência, sabedoria, discernimento, paz, e Deus nos dá oportunidade de alcançar tudo isso. Como é que eu queria que Ele me desse paciência? Embrulhado em um papel colorido? Eu preciso da oportunidade de demonstrar a aquisição desse dom precioso.

Pois é. Pedimos solidariedade e paz no mundo inteiro. E Deus nos dá um terremoto? Não. É muito mais digno da nossa parte, admitirmos que tanto mexemos no clima, no equilíbrio natural dos ecossistemas, que ele se voltou contra nós e era muito provável que isso acontecesse. O que Ele nos dá, na verdade, é a chance de reconhecermos o potencial de solidariedade que podemos alcançar.

Não vou defender a tese inatista de que a solidariedade nasce conosco. Alguns a reconhecem mais cedo. Outros conseguem enxergá-la tardiamente. E alguns jamais chegam a tocá-la. No entanto,  acredito que todos carregamos a capacidade de nos reconhecermos no outro. A famosa "empatia". Esse potencial de vermos que o outro, seja ele branco, negro, magro, gordo, homem, mulher, criança ou adulto, carrega uma marca que, inacreditavelmente, muitas vezes deixamos de perceber nas pessoas: a sua humanidade. Não há um humano sequer que tenha a pele constituida por plástico ou a carne de borracha.

O que aconteceu em Porto Príncipe dá notícia de um legado que, alienadamente, esquecemos. Uma negligência fatal. Nos esquecemos de cuidar um do outro. Em meio ao caos e à destruição em que se encontra aquela gente, conseguimos flagrar pessoas que deixam suas casas (inteiras) para tentar salvar pessoas, com quem não mantém nenhum laço cosanguíneo. Arriscando sua própria vida, por alguém que desconhece sua história e que não saberá dizer nem o nome de quem o salvou.
Isso eu chamo de solidariedade. Como diria a boa e velha ironia da professora Morgado: ajudamos as pessoas "desinteressadamente"... Mas das atitudes "interesseiras" que podemos ter nessa vida, essa de querer ajudar as pessoas para se sentir bem, é uma das mais louváveis e perdoáveis.

Então, ficamos com essa lição nas mãos. Em tempos de se pensar em sustentabilidade, pensemos com carinho e atitudes concretas. Em tempos de caos, ajudemos as pessoas a reconstituirem suas vidas e nos tornemos solidários. Em tempos de uma possível nova Guerra Fria, deixemos de lado as desavenças e desconfianças. Pois se querem saber minha opinião, os haitianos não estão nem aí para saber se a ajuda vem de norte-americanos, árabes, israelitas ou franceses. Mesmo reconhecendo a dor das pessoas que ficaram perdidas nos destroços de suas casas e de suas vidas, tenhamos a capacidade de reconhecer que, o fato do mundo inteiro se unir para apoiar o Haiti, talvez nos tenha aproximado um pouco mais disso que gostamos de chamar de "paz". E talvez seja essa a grande lição que 2010 tem para nos ensinar: a paz, assim como a liberdade, não pode ser dada; ela deve ser conquistada.  

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

A cozinha



Um dia tive a felicidade de ver compartilhada uma idéia que há muito trago comigo com uma pessoa que admiro profundamente: Rubem Alves. Não, eu não o conheço pessoalmente, mas isso acontecesse um dia, seria este, então, um dia mais que especial. Seria algo memorável, numa cabeça que se esquece de tudo.

Caminhando pela casa dele (o seu site), encontrei um texto em que ele falava da culinária e da cozinha. Foi aí que ele revelou sentir algo muito próximo ao que sinto com a minha cozinha. Sentimento de quem se sente muito bem, como quando estávamos no útero materno. Mas nem toda a casa tem essa característica. Normalmente, quando temos uma casa com o nosso jeito, nos sentimos bem dentro dela de forma geral. Só que algumas partes da casa foram feitas com intuitos diferentes.

Nosso quarto, por exemplo, sempre tem o nosso jeito. Por mais que possamos ter dificuladades, damos um jeito para que quem entre nele saiba que ali não poderia dormir outra pessoa. É seu mesmo. Ele te entrega. Denuncia que você deixa as meias jogadas num canto, que você tem preguiça de arrumar o armário, que você lê constantemente, porque sua estante está toda mexida, que você acordou atrasado, pois nem sequer teve tempo de arrumar a cama... Enfim, mostra muito do que você é. O meu quarto te diz que sou desorganizada, que gosto de coisas coloridas, muitas delas penduradas pelas paredes, que gosto de ver o rosto dos meus amigos, já que tenho fotos espalhadas pelo aposento, que tenho uma memória muito preguiçosa, afinal os milhares de bilhetinhos endereçados a mim não me deixariam mentir.

Mas tem partes da casa que dizem outras coisas. A sala de estar é emblemática pra mim. Ele tem um sentido estratégico. Ela pode dizer "Venha, chegue mais perto. Sinta-se à vontade", ou "Já viu que não sou de visitas, por isso dê um jeito de ir embora rapidinho!", ou até mesmo dar uma falsa impressão de quem é você, fenêmeno que podemos flagrar quando a sala possui objetos que você sabe que não tem nada a ver com apersonalidade da pessoa, mas está na última moda de decoração de ambientes.
Enfim, a sala de estar é para estranhos. Geralmente, fica bem na frente e é a primeira parte da casa que você apresenta, pois recebe as pessoas ali.

Mas a cozinha... A cozinha é muito diferente. A cozinha tem uma aurea diferente. Cheiro diferente. Calor diferente. A minha fica lá nas fundos e é bem pequenina. Há sempre alguma fruta sobre a mesa e o cheiro denuncia quando minha mãe vai brincar de fazer arte. É lá que temos as melhores conversas da família e quase sempre se dá nos cafés da manhã. Tanto que, quando temos algo importante a fazer pela manhã, tomamos café separados, pois se estivermos juntos pode saber que a conversa é longa. E é boa!
A cozinha tem essa magia acolhedora! O calor que emana do forno te acolhe. Aqui no Mato Grosso é algo que as pessoas detestariam, afinal aqui é quente pra caramba. Ficar na cozinha às vezes é insuportável. Mas com o calorzinho normal, a gente prefere ficar lá.
E diferentemente da sala de estar, a cozinha não é para os estranhos. Ela é para os mais queridos. A cozinha tem o calor do nosso coração e ele a gente não mostra pra qualquer um e muito menos deixa entrar! Na nossa cozinha só deixamos entrar as pessoas que queremos mais perto do nosso coração...
A minha cozinha tem ainda mais uma característica que eu adoro: um atalho. Para chegar a minha cozinha você pode atravessar a casa inteira - que é o caminho feito pelos estranhos, se é que eles chegarão lá - ou então vir da varanda direto pra ela! Mas imagine se algum estranho teria a audácia de já ir utilizando o atalho! Aliás eles tem até um certo receio. Só quem é de casa é que já sabe diretinho o caminho da minha cozinha. Aliás, todos eles já sabem o caminho do meu coração.

Faça a experiência de observar mais atentamente a sua cozinha. Veja se ela é também assim na sua casa. Porque se não for, vou ficar achando que a minha cozinha é ainda mais especial! Porque só ela reflete o calorzinho do meu coração...

E se você já foi à minha casa e eu te levei à minha cozinha, ora! Espero que tenha sido muito feliz, pois eu te levei a um lugar especial para mim, e não foi apenas à cozinha...

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Eu gosto, mas...


Me hablas, preguntas si nos podemos ver después
razones me sobran pero aunque quiera no lo sé

siempre hay algo más, que a simple vista no se ve

será que hay algo más, que a simple vista no...





Te asusta la idea de lo que puede suceder,

decirte quisiera algo que te haga sentir bien,

pero es que hay algo más que a simple vista no se ve

será que hay algo más, que a simple vista no se ve.





Pero siento que hay en mí algo que está cambiando

no se ve...

pero siento que hay en mí algo que está cambiando.





No pienses que olvido lo que me ha dado tu querer

lo llevo conmigo, así me puedo sentir bien

pero es que hay algo más, que a simple vista no se ve

será que hay algo más, que a simple vista no se ve


Pero siento que hay en mí algo que está cambiando
no se ve...

pero siento que hay en mí algo que está cambiando.


Que más quisiera yo, que ser feliz y darte amor, amor

que más quisiera yo, vivir feliz y darte amor, amor



Siempre hay algo mas, que a simple vista no se ve
Pero siento que hay en mí algo que está cambiando
no se ve...
pero siento que hay en mí algo que está cambiando.




Nem sempre tive isso de me ver na arte, mas desde que isso passou a acontecer, nenhuma delas me retratou tão bem quanto a música. E dessa vez ela vem me acompanhando pela voz e melodia de Julieta Venegas, intérprete dessa canção postada acima, chamada "Algo está cambiando".

É que sinto que algo aqui dentro está realmente mudando... Tomando outra forma, outro rumo...
Já sentiu coisa parecida antes?

E a terceira estrofe diz ainda mais: não pense que me esqueço do que me deu o seu amor. O levo comigo, porque assim me sinto bem! Só que existe alguma coisa que ainda não nomeio e nem sei se um dia vou nomear corretamente, que ao simples olhar não se vê. Se olha, mas não se vê. É o que muda.

É como jogar o Jogo dos Sete Erros. Aparentemente, está tudo igual, mas um olhar mais atento, pormenorizado, verá que alguns detalhes mudaram e isso torna o desenho diferente. Talvez eu devesse não apenas olhar, mas ver o que acontece nesse interior, que as vezes nem parece ser meu, de tão desconhecido que se apresenta.

Pero...  Essa palavra sugere adversalidade. Eu gosto de sorvete, mas... não quero hoje!
Quando digo, "pero algo está cambiando", digo que normalmente não é assim. Normalmente tudo fica igualzinho. Mas dessa vez não. Dessa vez cambiou.

Para onde? Ainda não sei. Mas, quiçá para algum lugar melhor do que este em que estou atualmente...