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quarta-feira, 30 de abril de 2008

Meu "conflitozinho"...

Essa foi ótima! Em uma aula de História da Psicologia, a professora perguntou quem já havia tido um conflito interior. Bom, eu- a própria interrogação- disse que já havia tido essa experiência. Contei o que me havia acontecido e ela prosseguiu dizendo "...e ela com seu conflitozinho..."
Epaaa!! Conflitozinho, professora?!?! Ela deve ter tido um bom motivo pra achar que a minha dúvida era quase que insignificante, mas eu ,até aqui, o desconhecia. Para mim, conflito é conflito! O meu sempre será maior que o dos outros. Nossos problemas sempre parecem maiores que o dos outros. Li isso em algum lugar: se alguém diz que já passou pelo mesmo que você e saiu são e salvo, você imediatamente pensa que então não era a mesma coisa, porque o seu com certeza é mais difícil. Num primeiro ímpeto, achei ultrajante a professora ter reduzido o meu conflito, aquilo que me afligia, o que me desnorteava e me punha em prantos em apenas um "conflitozinho"!! Ora, mulher! Você não sabe o que é começar a duvidar de tudo que já lhe parecia certo! Saber que suas certezas eram, na verdade, sustentadas pelo fio muito tênue da crença e, o pior, não entender nada que representasse profundidade.
Quando criança é muito fácil acreditar nas coisas, desde que nos dêem uma explicação plausível. Quando fiz a clássica pergunta infantil à minha mãe ("De onde vêm os bebês?"), miha mãe me disse a verdade. Com palavras adaptadas a didática infantil, óbvio, mas explicou. E eu passei a acreditar naquilo sem duvidar de que minha mãe pudesse estar inventando uma fábula.
Acreditava em muitas coisas e pra outras até hoje não tenho explicação. O fato é que antes era tudo mais fácil. Viver na ignorância é mais fácil e confortável! E sinto muita falta da minha inocência. Acho que é por isso que quero tanto preservar o que ainda resta, mesmo que uma curiosidade inquieta muitas vezes me leve pra longe dessa ânsia. E meu "conflitozão" se resume a isso: a colocar um pé no que acreditava e outro no que descobri e que vai de encontro a tudo o que já estava estabelecido. Não saber em quê, de verdade, se acredita é complicado. Tenho algumas certezas que me são irrevogáveis, mas tantas outras ainda pairam sobre minha cabeça!
Pelo menos uma coisa eu aprendi: a amar. Amar como nos filmes água e açúcar, amar como nas peças de Shakespeare, amar de verdade, intensamente, PROFUNDAMENTE!! Isso já é um grande avanço! Uhu!
Mas o meu conflitozão prossegue, firme e forte em outros tantos tópicos...

Peraê!! Me obrigo a pensar nas outras pessoas que habitam este planeta. Milhões delas têm conflitos imensamente maiores, piores e mais complicados que o meu. Uma filha que tem que optar em deixar a mãe continuar sofrendo em um leito de hospital ou pela eutanásia. Um pai que descobre que seu filho é um estuprador e não sabe se o denuncia ou o esconde. Um adolescente que não sabe se deixa a família passando fome ou rouba uma casa. Outra coisa que aprendi é que o mundo não gira à minha volta. Eu é que tento me equilibrar nele. Sendo assim, preciso ver as pessoas que vivem aqui nessa giga bola d'água comigo. E olha só o que percebo...

É professora, agora sei o motivo de meu "conflitozão" não ter sido observado com tamanha grandeza pelos seus olhos. Para mim, ainda é um problema a ser resolvido para que eu possa viver em paz comigo. Mas, de verdade?? Esse, realmente, é só um conflitozinho...

2 comentários:

Poliglota disse...

Não creio que seja certo considerar um conflitozinho, um conflito interno de sistem que você considera um conflitozão.
Nem mesmo nas máquinas sofisticadas e seus softwares avançados, um conflito que qualquer trouxa pode arrumar, ele é um conflitozinho.

Foi muito ARROGANTE, desculpando a fortedura da palavra, da parte da professora dizer que é um conflitozinho. Afinal, como você mesmo disse, é natural pensarmos que NOSSOS conflitos são maiores que os dos outros. Só pelo fato dela ter subjulgado sua capacidade intelectual e comparado com a dela, ter considerado um "conflitozinho" já foi motivo suficiente para afirmar que ela mesma agiu irracionalmente e instintivamente, por concerteza achar que tem conflitos maiores.

Estranho não?! Na verdade não. Sei que você tem fé no seu Deus cristão. E um dia eu vi uma frase que muito me agradou, mesmo sendo ateu: "Deus deu a vida para cada um cuidar da sua". Bem interessante e útil contra fofoqueiros, diga-se de passagem.

Se outras pessoas tem conflitos, elas mesmas que tentem resolver, e não ficar opinando sobre os dos outros. Se outras pessoas passam por depressão ou problemas existênciais, isso diz respeito à elas e somente elas. Nada nem ninguem conseguirá, nem mesmo com um bom argumento fazê-las entender que nós podemos ajudar. A busca por ajuda tem que partir dela mesma. Exemplo nos suicidas.

Não devemos desconsiderar e nem inferiorizar nossos problemas e conflitos. Pois são coisas estritamente pessoais. Assim como nenhuma pessoa tem o direito de opinar e inferiorizar seu pensamento, sem sua permissão.

Pessoas, pensamentos, culturas, situações...Nada é igual para ninguém. Nunca será, nem mesmo parecido. Circunstâncias rodam na inconstancia do multiverso. A vida é um ciclo, não séssil como a esponja.

Devemos dar valor ao presente, encarar o futuro com alegria e otimismo, e parar de nos apegarmos a ansiedades e coisas passadas. Fazer comparações com o passado nos dá a ideia que ainda há esperança, o que causa ânsiedade, que causa sofrimento, que causa dor, que causa conflito interno.

FALHA NO SISTEMA....
DESEJA FORMATAR C:? [S/N]

Viu. Uma coisa ruim leva a uma corrente de coisas ruins. E comparação com o passado, comprovado vidatisticamente não é uma coisa boa.

Não deixe que outros te inferiorizem, pois isso só piora, conforme a lei da corrente de Murph. Argumente e prove que está no mesmo nível, não importa a experiencia da pessoa em questão. Quem pode fazer seu próprio destino e encontrar as devidas respostas com perseverança.

Carpe Diem!

Poliglota disse...

MIIIIII! Acho melhor você fechar seu orkut e abrir outro, pq tah pipocado o negocio lá. toda vez eu recebo mensagem virus. Mande recado apenas para as pessoas que você conversa e naum quer perder contato. Muitas pessoas desconhecidas ou pouco conhecidas são problema.
Dá trabalho, mas acho que vc num tem escolha, a não ser que queira o PC destruido (não se preocupe, nunca vão invadir seu sistema, pq naum interessa a ninguem suas coisas. é divertido apenas destruilas! - cita o ex-hacker erick d'elia hehe).
apenas faça isso para evitar mais constrangimentos.e uma senha segura pelo amor de seu deus!!