Às vezes a alma se cansa. E parece que quando isso acontece, é de uma vez.
Hoje estou de alma cansada.
Cansada de não corresponder nem aos meus anseios, nem aos dos outros - maldito muro!
Cansada de fazer tudo errado, me arrepender e repetir o erro.
Cansada de um mundo que eu não entendo e que não conheço
Cansada de não caminhar - e não aprender.
Cansada de abrir os olhos e não enxergar nada, além de uma cena borrada.
Cansada de falar e não dizer.
Cansada de olhar e não ver.
Cansada de cantar e não gostar.
Cansada de amanhecer os mesmos dias.
Cansada de gostar e não amar.
Cansada de esperar e esperar.
Cansada de viver um assustador futuro e um medroso presente.
Cansada de não ter histórias para contar.
Cansada de ensaios.
Acho que já me fiz entender. Estou cansada.
Não da vida. Perdoe-me se foi o que pareceu.
Cansada disso que não chamo nem vida, nem morte. É o muro. É dele que estou cansada.
Ando precisando é de fôlego! É de gana!
Alguém me arranja uma dose? Não muito cara, por favor. Meus recursos não me permitem muito. Não hoje. Talvez amanhã. Mas só depois do fôlego.
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